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terça-feira, 16 de julho de 2013

Marca-passo dá sobrevida a pacientes

   Os portadores do Mal de Parkinson, doença degenerativa e sem cura, convivem com inúmeras limitações que abreviam a qualidade e a expectativa de vida. Em estágio avançado, os sintomas tornam-se insuportáveis. Tremores constantes, rigidez muscular, lentidão dos movimentos, desequilíbrios que provocam quedas e alterações na fala são alguns dos sinais da doença, que hoje acomete cerca de 250 mil brasileiros, segundo o Ministério da Saúde. Suas causas ainda são desconhecidas. Sabe-se que pode ter origem genética, é evolutiva e sua incidência é maior em pessoas acima dos 50 anos.

   Apesar de a doença não causar sequelas neurológicas e não comprometer a memória, em casos extremos nem a combinação de altas doses de remédios é suficiente para abrandar os sintomas. Nessas situações é indicada a cirurgia para implantação do marca-passo cerebral, que envia impulsos elétricos a áreas específicas do cérebro. O aparelho, que custa R$ 120 mil, também é conhecido como DBS (Deep Brain Stimulation, ou Estimulação Cerebral Profunda). Em parkinsonianos, a anormalidade na atividade neuronal é reduzida.

   A neurologista do Hospital das Clínicas e coordenadora do ambulatório de Parkinson da FMABC (Faculdade de Medicina do ABC), Margarete Carvalho, faz ressalvas quanto às expectativas geradas pelos pacientes e familiares. "O procedimento não é curativo, e sim paliativo. O paciente continua com tratamento multidisciplinar e medicamentoso. Mas, dependendo da fase da doença, otimizamos o uso de remédios e há aumento da qualidade de vida."


Maíra Sanches
Do Diário do Grande ABC